Arquitetura: Anne Marie Sumner
Equipe: Arqs. Luciana Flores Martins, Rodrigo Queiróz, Leo Soares, Luis Henrique Guerra, Eduardo Martins, Mauricio Montel, Fabio Mendes, Suleir Lopes e Lair Reis
Consultores: Arq. Raquel Rolnik, Agrônomo Alexandre Tavares, Arq.Paulo Giaquinto (legislação), Eng. José Lavrador, Marco Ferretti (Águas)
Partimos da situação geográfica existente – a várzea do Rio, terreno plano, alagadiço e da caracterização da área como de uso metropolitano. O Projeto se estruturou na articulação desta situação com a criação de uma nova paisagem tendo como baliza principal o sistema de águas:
– as Raias que, ao mesmo tempo que drenam o Parque, criam extensos espelhos d’água micro climáticos;
– o Morrote artificial construído com entulho das edificações a demolir cria, na planície, uma topografia de onde desponta o Centro de Espetáculos e Hotel. Ao mesmo tempo anula a força contrária do lençol freático raso que age sob o estacionamento em subsolos
A Área na Cidade
O caráter metropolitano da área é dado pela sua localização, sistema de transportes e acessos e principalmente pela sua escala em situação tão central.
A proximidade do centro da cidade, das saídas pelas marginais, da fácil conexão ao Aeroporto Internacional de Cumbica, Terminal Rodoviário Tietê, do Campo de Marte, futuro aeroporto executivo, das estações de metrô Carandiru e Santana à porta, da ligação do Rio Carajás com o Rio Tietê, evidencia uma grande acessibilidade à área pelos meios de transportes mais diversos.
Associado à este quadro, a área com entorno predominantemente residencial, está ao lado dos 2 únicos locais destinados a grandes exposições nacionais e internacionais: o Anhembi e o Expo Center Norte. Considerando a grande dinâmica que a atividade de feiras e exposições tem demonstrado, bem como as perspectivas de crescimento do setor diante da terceirização da metrópole e sua inserção como uma das megacidades comerciais do continente, a localização da área é estratégica para este crescimento.
Os Usos
Os usos estariam estruturados num tripé Escola profissionalizante, Centro de Espetáculos e Centro de Exposições, articulados espacialmente pelo Parque. Estes usos seriam alimentados por programas–escola que caracterizariam o local como uma área de excelência profissional e educacional. Tais programas seriam restaurantes que atenderiam os diferentes públicos e um Hotel 5 estrelas com Teleporto que serviria além do Centro de Exposições proposto, ao Anhembi e Expo Center Norte.
A diversidade do programa garantiria a desejada vitalidade da área durante o dia e a noite e a sua viabilidade econômica, respeitando a legislação, se daria através de parcerias com empresas do tipo SENAC, SENAI, SESC e SESI além de outras.
Um uso socialmente heterogêneo e que considera as diferentes escalas(local, urbana e metropolitana) permite que grandes equipamentos, como centros de exposições, possam ter um impacto positivo não apenas do ponto de vista econômico, mas também na melhoria da qualidade urbanística de seu entorno.