Fluxo e Visão: Av. Paulista – Sala Especial
Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, 1997

Arquitetura: Anne Marie Sumner
Equipe: Arqs. Alexandre Serrano, André Aaltonen, Jackson Dualibi, Leopoldo Soares, Luciana Flores Martins, Marcos Martins Lopes, Rodrigo Queiroz, André Ventura Pinto, Evandro Trevelin, Kennya Nagasse, Marcela Costa Amorim, Maurício Montel, Nivaldo Godoy Jr., Ricardo Mullenmeister, Maria Luíza Visoni

Apoio Cultural: Marco Cezar (Fotografia Digital Av. Paulista)
Maquetes: Andrade Maquetes
Cálculo Estrutural: Eng. Antonio Pinto Rodrigues
Agradecimentos: Gabriel Zellmeister, Base Aerofotogrametria e Projetos S.A., Embraesp
Patrocínio: Atlas / Villares

O Projeto com esteiras rolantes projetado para a Av. Paulista foi inicialmente elaborado para o Concurso de Ideias para a Avenida Paulista de 1996.

Posteriormente teve seu desenvolvimento aprofundado e contou com nova apresentação em Sala Especial da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo de 1997 junto com projeto para o Parque D. Pedro II.

De ponta a ponta da Av. Paulista o projeto propunha um circular ágil – as esteiras rolantes aéreas – numa situação de excepcional urbanidade: espigão longitudinal, e, portanto, de grande visibilidade geográfica, plena de usos e fluxos, habitação, comércio e serviços, de manhã à tarde e à noite, à pé, de metrô, ônibus, automóvel, bicicleta.

A ideia do projeto era a de uma apreensão ótica desta geografia. Detectar o engessamento assim como a invisibilidade da cidade não era suficiente. Pelo excesso, pelo aplastramento, pela sobreposição, temos uma opacidade espessa. Pela ausência, temos uma espécie de transparência; vemos através de, através de, infinitamente. Como deter o olho que não para de passar.

Nesta extraordinária situação urbana por causa deste espigão contínuo e linear, com todos os usos, modos de fluxos e tempos, a passarela longitudinal a 4m de altura com as esteiras rolantes, topografia duplicada, fazia fluir e ver: atravessando por exemplo pelo MASP víamos de um lado as copas do Parque Trianon e de outro o talvegue da Av. 9 de julho sob o vão do Museu; atravessando a Av. Brigadeiro Luiz Antonio, víamos de um lado o Parque Ibirapuera e de outro a Praça da Sé.